Usina salto pilão

 

A Usina Hidrelétrica Salto Pilão, com potência instalada de
182,3 MW, é o maior aproveitamento elétrico do Rio Itajaí-Açu e uma das maiores usinas subterrâneas do Brasil.

O aproveitamento consiste na captação de parte das águas do Rio Itajaí-Açu, nas proximidades da localidade de Riachuelo, no município de Lontras, e no seu desvio através de túnel até a localidade de Subida (Apiúna), no mesmo rio, utilizando-se um desnível de aproximadamente 200 metros.
Uma pequena barragem/vertedouro, com altura máxima de 3 metros na forma de um S, desvia a vazão da água necessária para a movimentação das turbinas. O restante da água verte pela crista da barragem. Esse sistema de usina hidrelétrica é denominado central de desvio com aproveitamento a fio d’água, pois, não possui reservatório de acumulação e nem exerce controle hidráulico sobre o fluxo de água do rio, eliminando qualquer possibilidade de contribuir para a formação de cheias a montante da barragem.
O túnel de adução representa o principal trecho do sistema de canalização subterrânea e, no seu emboque, está a tomada de água com comportas, instaladas numa estrutura de concreto com cerca de 20 metros de altura.

          Esse túnel atravessa o maciço rochoso das encostas do Rio Itajaí-Açu e tem aproximadamente 7 quilômetros de comprimento,  lançando as águas nos condutos forçados, são revestidos em concreto no trecho inclinado e em aço na parte horizontal.  A transição do túnel de adução para os condutos forçados é feita através da chaminé de equilíbrio de montante, destinada a reduzir os efeitos transitórios de sobrepressão no sistema de adução e turbinas.
A caverna que forma a casa de força tem 57,1 metros de comprimento, 17m de largura e 39,8m de altura. Nela, além das turbinas e geradores, há espaço para a montagem eletromecânica, equipamentos dos serviços auxiliares e manobra de equipamentos. Uma ponte rolante com capacidade para 170 toneladas movimenta-se em todo o comprimento da caverna.
Os dois geradores tem potência total de 182,3 MW, (91,15 MW cada). Os grupos hidrogeradores foram fornecidos pela Voith Hydro, de São Paulo.

Para permitir a transferência da energia gerada para o sistema elétrico do Estado de SC, a tensão dos geradores é elevada para 138kV (quilovolts), através dos transformadores localizados na subestação externa. A linha de transmissão conecta a central do AHESP ao sistema da Celesc.

O Edifício de Controle da usina foi projetado em área externa, próximo da Subestação e abriga os operadores e todos os equipamentos necessários à operação da usina.

Depois que as águas passam pelas  turbinas e dois túneis de descarga que convergem para a chaminé de equilíbrio de jusante, são reconduzidas ao Rio Itajaí-Açu por um túnel de fuga de 300 metros e um canal de cerca de 50m.
O acesso de veículos e de equipamentos à casa de força é feito por um túnel de seção arco-retângulo com dimensões de 8,00 por 6,80 metros e cerca de 340 metros de comprimento.
Na construção desta Usina, Santa Catarina projeta-se no panorama da engenharia brasileira por abrigar uma das três maiores usinas subterrâneas de porte. Com o produto da escavação em rocha, (600.000m³) transformado em brita, seria possível pavimentar uma estrada moderna com cerca de 83 quilômetros de comprimento.
A construção gerou cerca de 600 empregos diretos e outros 600 indiretos durante o período de obras, sendo priorizada a contratação da mão-de-obra local contribuindo, assim, para a qualificação dos trabalhadores da região.

Em operação comercial desde dezembro de 2009, a Usina conta com cerca de 80 colaboradores.

 Constituído para construir e operar a Usina Hidrelétrica Salto Pilão, o Consórcio Empresarial Salto Pilão - CESAP é integrado pelo Grupo Votorantim (60%), DME Energética (20%) e  Companhia de Geração Energia Pilão (20 %). O investimento no empreendimento foi de cerca de R$ 500 milhões, sendo parte financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).